Etanol terá vantagem em SP se cadeia não for com sede ao pote anulando ICMS menor

O corte do ICMS que São Paulo e Minas anunciaram para o etanol deverá encurtar a maior competitividade que a gasolina mostra pelos preços na média nacional destacados pela ANP. O biocombustível caiu pouco mais de 10% em 30 dias, com base no dia 16, e o derivado do petróleo cedeu acima de 15% nas bombas.

Desde que não haja, na formação de preços da cadeia, antecipação a esse potencial aumento do consumo, acima do que reza a paridade na faixa de 70%, que anule a vantagem oferecida pelo imposto estadual.

As usinas do Centro-Sul já conseguiram um aumento de praticamente 1% na semana anterior, em dados do Cepea, com a produção mais baixa, mas a referência vem desfavorável, porque a gasolina ficou mais a gosto do consumidor com a queda do ICMS após a aprovação do teto entre os estados de 18%.

Martinho Ono, da SCA Trading, reforça que o concorrente do etanol caiu do 28% em São Paulo, enquanto o etanol estava 13,3%. Mesmo abaixo da nova política tarifária, não encontrava suporte.

Com a medida de São Paulo, derrubando para 9,57% o imposto estadual – em Minas caiu de 16% para 9% -, haverá tentativa de recuperação das vendas com recuos maiores dos preços da cadeia, acredita Ono.

Importante lembrar, contudo, que não há espaço para as usinas e distribuidores se anteciparem a uma explosão de demanda e remarcarem além da capacidade de absorção do mercado, mantendo a paridade com a gasolina favorável.

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