Dividendos: 5 ações para atravessar o mês de agosto e buscar retornos de até 9,5%, segundo Ágora

A Ágora Investimentos manteve a mesma seleção de ações em sua carteira recomendada de dividendos para agosto. Seguem no portfólio: BB Seguridade (BBSE3), Cemig (CMIG4), Itaúsa (ITSA4), Vivo (VIVT3) e Vale (VALE3).

Em julho, até o dia 29, a carteira de dividendos da Ágora teve desempenho positivo de 5,3%, contra avanço de 2,5% do Ibovespa (IBOV). A expectativa de retorno médio via dividendos é de 8,6% para 2024.

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Os analistas apontam que a composição da carteira é adequada para atravessar este mês, em que a ancoragem das expectativas de que o Federal Reserve (Fed) iniciará sua trajetória de corte de juros em setembro foi o gatilho para uma ligeira alta das ações ao longo do mês de julho, em meio a uma persistente preocupação com o cenário fiscal

“A queda de juros americanos é, sim, um gatilho favorável para os preços no Brasil, mas um movimento de alta expressivo é limitado por fatores relacionados à economia local. Não devemos tampouco ignorar a volatilidade causada por outros eventos, como a corrida eleitoral norte-americana, que deve elevar a rotação entre ações/setores”.

Os analistas ponderam que há boas opções em bolsa, sobretudo em ativos de maior qualidade, boas pagadoras de dividendos e nomes mais resilientes.

BB Seguridade

A Ágora destaca que as ações da BB Seguridade continuam oferecendo um rendimento atrativo de dividendos, em torno de 10% para o ano.

Recentemente, a empresa anunciou que distribuirá R$ 2,7 bilhões em dividendos referentes ao lucro líquido do primeiro semestre de 2024, mas os valores por ação e as datas de pagamento serão informados após a divulgação dos resultados do segundo trimestre, prevista para 5 de agosto.

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“Esse cenário pode ser considerado um “colchão” de segurança, especialmente em um contexto de aversão ao risco”.

Cemig

Sobre Cemig, os analistas destacam que se trata de uma empresa estatal muito bem administrada e enxergam espaço para aumento dos dividendos do exercício fiscal de 2024.

A Ágora lembra que, recentemente, a Cemig vendeu sua participação de 45% na Aliança Energia por R$ 2,7 bilhões para a Vale, o que por si só isso gerará um rendimento de dividendos adicional de 3%, elevando o rendimento total de dividendos do ano para pelo menos 10,5%.

“Lembramos que pode haver uma segunda etapa de aumento de dividendos se a Cemig negociar com sucesso uma redução de sua provisão de plano de saúde no 2º semestre de 2024, o que implicaria um rendimento adicional de quase 2%, levando o total de 2024 para quase 13%. Isso tornaria o rendimento de dividendos de 2024 da Cemig o mais alto em nossa cobertura, ao mesmo tempo que manteria a alavancagem contida”.

Itaúsa

Para Itaúsa, os analistas continuam considerando que as discussões sobre as alterações nos juros sobre capital próprio (JCP) são cruciais para a tese, pois eliminariam algumas ineficiências fiscais e contribuiriam para a redução do desconto que as ações apresentam em relação ao valor de mercado da participação em suas investidas.

Até isso ocorrer, explicam que os dividendos do Itaú Unibanco continuam sendo um grande impulsionador para as ações, além de proporcionarem algum nível de proteção aos investidores

Vale

A Vale, junto com os resultados do segundo trimestre de 2023, anunciou US$ 1,6 bilhão em dividendos, relacionados à sua política de dividendos mínimos para o primeiro semestre do ano –implicando um rendimento anualizado de 6,5%, enquanto o programa de recompra está agora 22% completo (de 17% no 1T24).

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Com isso, a Ágora reafirma a presença de VALE3 no portfólio, uma vez que a ação que está sendo negociada com um desconto de 29% em relação aos pares e de 15% para a média histórica em termos de múltiplo EV/Ebtida esperado para 2024.

Vivo

Os analistas comentam que a Vivo deve manter um payout de pelo menos 100% do lucro, incluindo a redução de capital de R$ 1,5 bilhão a ser paga em julho.

“Acreditamos que há espaço para aumentar a remuneração dos acionistas. Projetamos um dividendo total de R$ 5,9 bilhões para 2024, o que implica um rendimento superior a 7%”.

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