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Top pick, Embraer (EMBR3) decola 36% com boas projeções e elogios de bancos; veja os destaques do Ibovespa em março

28 mar 2024, 18:07 - atualizado em 28 mar 2024, 18:07
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Embraer é destaque positivo de março e do primeiro trimestre (Imagem: Paulo Whitaker/REUTERS)

Desprovido de gatilhos positivos, o Ibovespa fechou o mês de março com uma desvalorização de 0,70%, acumulando até agora um saldo negativo de mais de 4% em 2024.

Os últimos desdobramentos, principalmente no que diz respeito à condução da política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, jogaram um balde de água fria nos ânimos do mercado. Isso, somado à falta de interesse dos investidores estrangeiros com a bolsa local, vem atrasando a tão aguardada recuperação dos ativos brasileiros.

Mas nem todas as ações tiveram um mês ruim. Embraer (EMBR3), por exemplo, apresentou o melhor desempenho dentro do índice, apoiada por revisões altistas de grandes bancos e uma leitura positiva do mercado em relação aos resultados mais recentes.

Com uma boa margem de diferença em relação à segunda ação que mais subiu em março (BraskemBRKM5), o papel da fabricante de aeronaves decolou 36,35%.

A Embraer também foi a ação do Ibovespa que mais subiu no primeiro trimestre de 2024. No ano, o papel já aponta um salto acumulado de quase 50%.

Na ponta negativa, Casas Bahia (BHIA3) figura entre as maiores baixas tanto em março quanto no desempenho acumulado dos últimos três meses.

O que explica o voo das ações da Embraer?

Uma série de acontecimentos ajudou a dar impulso à companhia. Para começar, a Embraer entregou um lucro líquido ajustado de R$ 350,6 milhões no quarto trimestre do ano passado, alta de 55% sobre o mesmo intervalo de 2022.

Mas o que chamou a atenção mesmo foi o forte guidance para este ano. A Embraer estima crescimento no número de entregas de aeronaves em 2024, com uma projeção entre 125 e 135 jatos executivos e de 72 a 80 aeronaves no segmento comercial.

Enquanto isso, a companhia espera um crescimento de até 21,5% na receita consolidada, a US$ 6-6,4 bilhões.

O Itaú BBA destaca que a administração chegou a dizer que a companhia preferiu ser cautelosa com seu guidance devido a problemas na cadeia de suprimentos e potencial volatilidade no fluxo de caixa ao longo do ano.

Ainda, em teleconferência pós-balanço, Antonio Garcia, vice-presidente financeiro da Embraer, levantou a possibilidade de a companhia retomar o pagamento de dividendos em 2025.

Uma boa notícia vinda dos bancões

Também serviu de ajuda para as ações as revisões positivas da tese de investimento da Embraer pelos bancos.

Neste mês, o Morgan Stanley elevou em 105,1% o preço-alvo do ADR (American Depositary Receipt) da empresa (ERJ), de US$ 19,50 a US$ 40, e posicionou o nome como a nova top pick no setor aeroespacial.

Além do Morgan Stanley, o BTG Pactual, em relatório rebaixando Weg (WEGE3) e Tupy (TUPY3) a neutra e elevando Iochpe-Maxion (MYPK3) para compra, reforçou a Embraer como uma das preferências entre empresas do universo de bens de capital. O preço-alvo também foi ajustado pela casa, passando a valer US$ 32.

O JP Morgan também atualizou recentemente o preço-alvo, mas para as ações negociadas na B3. O valor passou a R$ 51.

A recomendação de “overweight” (exposição acima da média do mercado) foi reforçada pela instituição, que vê um desconto de aproximadamente 25% no valuation da Embraer em relação aos pares.

Confira as maiores altas do Ibovespa em março:

Empresa Ticker Variação (%)
Embraer EMBR3 36,35
Braskem BRKM5 25,48
3R Petroleum RRRP3 18,03
Natura&Co NTCO3 14
Suzano SUZB3 13,54

Confira as maiores baixas do Ibovespa em março:

Empresa Ticker Variação (%)
GPA PCAR3 -26,55
Casas Bahia BHIA3 -25
Magazine Luiza MGLU3 -15,49
CVC CVCB3 -13,43
CSN Mineração CMIN3 -12,69

Confira as maiores altas do Ibovespa no primeiro trimestre de 2024:

Empresa Ticker Variação (%)
Embraer EMBR3 48,77
3R Petroleum RRRP3 25,53
Braskem BRKM5 20,77
Cielo CIEL3 19,58
BRF BRFS3 18,18

Confira as maiores baixas do Ibovespa no primeiro trimestre de 2024:

Empresa Ticker Variação (%)
Casas Bahia BHIA3 -40,42
Cogna COGN3 -32,38
CSN Mineraçã CMIN3 -31,7
MRV MRVE3 -30,63
Pão de Açúcar PCAR3 -27,09

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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