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BRF (BRFS3): Com tensões entre China e UE envolvendo carne suína, saiba o que fazer com as ações

21 jun 2024, 13:15 - atualizado em 21 jun 2024, 13:15
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Exportações de carne suína representam apenas 5% dos volumes da BRF, dizem analistas do Goldman Sachs (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

No começo dessa semana, o Ministério do Comércio da China anunciou uma investigação anti-dumping em produtos provenientes de carne suína importados da União Europeia.

A possibilidade de que empresas brasileiras pudessem atender às demandas chinesas fizeram com que as ações de JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3) apresentassem altas de 7% e 3%, respectivamente.

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Para o Goldman Sachs, entretanto, a recomendação de “compra” segue apenas para a compra das ações da JBS. Para a BRF a recomendação é “neutra”, com um suporte de curto prazo para as exportações de frango.

Às 12h53 desta sexta-feira (21), as ações BRFS3 operavam em alta de 0,34%, sendo cotadas a R$ 20,38.

Potencial interrupção de fornecimento por outros países poderia favorecer BRF

Os analistas Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann, que assinam o relatório, afirmam que as exportações de carne suína para a Ásia não representam mais do que 5% dos volumes da BRF. O consumo desse tipo de carne pela China é alto, respondendo por 58% do consumo per capita na região.

Segundo o Goldman, “enquanto reconhecemos que essa situação poderia eventualmente elevar exportações brasileiras, acreditamos que a combinação de uma produção interna dinâmica e condições macroeconômicas fracas na China poderá continuar a conter os preços internos das proteínas”.

O Brasil é um dos principais exportadores de carne para a China, unindo-se à Espanha, Canadá, Estados Unidos e Países Baixos. O país asiático consegue atender a 97% da necessidade de consumo interno pela proteína.

Entre os fatores que poderiam tornar a tese de investimento mais positiva, estão o contínuo ganho operacional, uma potencial interrupção no fornecimento de exportadores globais, abertura de novos mercados, uma potencial atividade envolvendo fusões e aquisições e preços de grãos mais baratos.

Para os fatores de risco, estão pontos como a alta de grãos, potenciais embargos à exportação e aumento da competitividade ou da oferta.

Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
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